quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Esperança



É preciso,
Acabar com tudo,
Queimar se necessário!
Acabar até mesmo com o velho vício de sonhar
E me empenhar para
Não deixar-me afogar
Nas enchentes nada serenas do meu coração.

É preciso,
Tentar de alguma forma,
Multiplicar o pouco de amor
Que ainda resta em mim.
Só para não sucumbir
E nem partir...

Desejo,
Voar pelos grandes e imensos latifúndios,,
Infinitos horizontes guardados dentro de mim
E que esperam ansiosamente por minha chegada.
E é preciso voar,
Para bem longe desses muros que me cercam
Pois quase nunca me enxergam
E podem me fazer mal!

... Dissocio-me,
E crio vários universos paralelos.
Distancio-me,
E vou de encontro com os pensamentos
Mais puros insanos e profanos.

Pronto!
Encontro meu lugar secreto,
Nem sempre deserto
E totalmente ao contrário do que o destino me reserva.

Dou de ponta na piscina da amargura.
Silenciosa,
Sonho acordada,
Às vezes acordo em mares tão profundos
Que mal consigo enxergar
O que a vida tem a me ofertar
E sigo em frente
Sem saber se vou conhecer
O lugar que tanto quero chegar...

Marina Fatiane