sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Insônia




Observo seu rosto ao dormir
E peço fervorosamente à Deus
O teu amor
A tua compania,
Mas por algum motivo
Nem Deus, nem você ouvem os meus pensamentos!

Do que adianta me chamar para deitar contigo
Se ao desnudar-me com teu olhos
Mal ousa tocar-me
Seja com seus lábios vermelhos
Seja com suas mãos quentes
Seja com seus pés frios
Seja com seu membro viril...

Nem te olhar me satisfaz
Logo me canso de tanto voyeurismo
E caio no sono.
Sonho contigo e suas supostas pretendentes,
Amores pendentes.
Acordo triste e assustada
Pois me parece real!

Toco-te e você se afasta
Olho-te, mas você desvia o olhar
Nem ouso te abraçar ou te beijar
Seus movimentos são frios e precisos
Certeiros, vão de encontro com o meu peito
Penetrando, dilacerando, esquartejando meu coração
Que já anda fragilizado há anos...

Viro-me para o lado e tento dormir
Mas nem você, nem o sono vêm...


Marina Fatiane

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