sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Movimento




Palavras?
Para quê?
Se seus movimentos são extremamente claros e sinceros.

Sentimentos?
Para quê?
Se os que tenho só me causam sofrimento,
E os teus lhe trazem o enclausuramento.

Liberdade?
Só se for à dos pássaros que cantam sem se preocupar com a afinação
E voam para qualquer direção.

Seguir?
Para onde?
Se não cruzaremos mais a mesma estrada.

Quem dera ser o beijo, o seio, o corpo de teus desejos
Ser a Ana do teu mar.
Quisera eu
Você se abrir
E se entregar
Para enfim nos amar...

Te sinto cada vez mais distante
Me sinto cada vez menos interessante.
Não há palavras em tua boca
Mas entendo o que você quer
Só não suporto compreender a verdade.
Assim como você
Não quero mais amar ninguém
Você perdeu quem tanto ama
E eu que nunca tive você
Te perdi, que é de quem eu tanto amo.
Com pedir para você me ensinar a te esquecer
Se nunca houve uma só palavra entre nós?

Posso sentir a sua dor
Bem aqui do lado esquerdo do peito
Posso sentir a dor de ser desprezada
Mas não enganada.
Se me ludibrio é por conta da minha imaginação
É por conta da minha capacidade de amar.

Quisera eu ser mais fria e racional.

Marina Fatiane

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